18 December 2009 

Kanawa, Labuanbajo, Flores, Nusa Tenggara Timur, Indonesia

12 December 2009 

Indonesia 2009 parte X: Sulawesi, Bali e Regresso

Bali Nugurah Rai International Airport (Free Internet)

Prestes a iniciar a longa viagem de regresso, com uma espera prolongada em Jakarta sem grande vontade de dar um salto a capital.

De Rantepao iniciei uma interminaval viagem ate ao aeroporto de Makassar, desta vez o AC estava toleravel, e deu para entender uma estrada, pseudoautoestrada em obras interminaveis que quase me fez pensar que nao chegaria a tempo. No aeroporto de Makassar ainda de distribuir um "obrigado" por um funcionario timorense que se encheu de orgulho perante os colegas. O voo da Lion para Bali acabou por ser extremamente cenico sobrevoamos o Gunung Agung e as ilhas ao largo SO de Bali, Nusa Lembhogan onde tinha estado ha uns dias...
De Kuta em Bali recordo o hotel com piscina por 14 euros com direito a pequeno almoco, os esquilos territoriais nas arvores do jardim em altura de acasalamento e mais incrivel um ninho de passaros a uns 50 cm do alpendre do bungalow, onde uma mae preocupada alimentava as crias...
Descobri que e possivel relaxar em kuta, num passeio prolongado pela praia de manha ate Semniak... e as tardes de leitura e sesta e mergulhos na piscina convidativa... mas sobretudo ignorar os grupos de adolescentes australianos e sempre os hawkers com "transport?", "Massage?" agora parecendo menos persistentes.
Ontem ao jantar ainda deu para trocar conversas com um jovem casal de alfacinhas.
E agora espera me uma longa viagem de regresso, com horas interminaveis de espera no aeroporto de Jakarta.

08 December 2009 

Indonesia parte IX: Sulawesi Tana Toraja

A chegada ao aeroporto de Kuta decidi comprar o bilhete de ida e volta para Makassar no Sulawesi... Nao iria partir sem conhecer esta ilha magica, a Celebes dos Portugueses.
Ainda deu para partilhar a piscina do hotel da Lulu em Kuta numa partida de basquete aquatico (acho que ganhei...) e tentar reservar o autocarro nocturno directamente de Makassar para Rantepao em Tana Toraja.
Partida de ojak com as mochilas para o aeroporto.
No aeroporto conheci um ingles cinquentao que partia para Manado, partilhamos a viagem ate Makassar... depois de viajar 14 meses a volta do mundo no passado com a mulher... quando volta a Liverpool nao consegue assentar.... No aviao conheci tambem dois canadianos do Quebec que vinham de umas curtas ferias em bali com as esposas. Trabalhavem para uma companhia aerea canadiana que foi subcontratada para transportar 40000 Sulawesis ate Jedha na sua visita a Kaba na Arabia Saudita... Avisaram-me "be prepared for the shock... in here they are not used to tourists!" prometia...
Viagem correu sem precalcos... a chegada ao aeroporto e negociado um taxi ate ao terminal no Este da metropole de Makassar... O terminal ficava num ermo... comprei o bilhete e aguardei pelo autocarro VIP express das 22h00... As pessoas simpaticas facilmente deixavam cair por terra os seus esquemas ao fim de alguma hesitacao (seratus rupiah? Tidak! I am leaving from the Bis station... I pay only enampullo rupiah!)...
Autocarros tinham smiles nas traseira que se iluminavam com o stop dos travoes...
Como era de esperar AC ligado no maximo, exigiu a camisola termica e 6! cobertores....
Chegada na manha a Rantepao... e logo esfomeados os guias tentaram meter conversa... chego ao hotel Duta 88 cottages aconselhado pela Lulu...
Depois de boleia ate ao unico restaurante abertos a 7h00 da matina (enquanto esperava que o Bungalow, uma tipica Tongkonan house, no Dutta 88 cottages ficasse desocupado)...
Acabei por negociar tres dias: com visita a 4 burial caves e aldeias tradicionais no sul de Rantepao, um dia num funeral tradicional, e, no terceiro dia a visita ao mercado.... mas pelo meu preco so de mota!... ojak... ai... ai...
Depois do pequeno almoco descanso de algumas horas... para recuperar o sono perdido na viagem... e partida para Ketsu Ketsu... com as suas casas Tongkonan style (telhados parecem barcos, a lembrar a origem dos mares do sul do povo de Toraja, que foi forcado a emigrar para o planalto do centro das Celebes)...
Acompanhado pelo John, um jovem guia contratado, que aceitou o baixo preco porque a letra da moto estava por pagar no stand local... fui surpreendido por duas escolas de adolescentes de uma cidade no Sul que raramente veem turistas... Parecia uma estrela de Bollywood a distribuir autografos e tirar centenas de fotos com adolescentes completamente histericas...
Visitei ainda Lempo, e outra caverna com ossadas humanas e caixoes antigos... e os famosos tau tau... figuras de madeiras que personificam os defuntos...
Visitei ainda um local curioso... uma arvore onde se "enterravam" os bebes... porque nao tinham dentes e eram considerados puros... eram colocados em minusculos espacos, dentro interior de seiva branca de apenas duas especies de arvores... analogia com o leite materno e que iriam para o ceu com o cresciemento da arvore... curioso...
De volta oa hotel conheci Arid, libanes, vizinho de bungallow, que vai casar com Agnes, uma nativa de Toraja... tinham surrupiado as cadeiras do alpendre do meu bungallow, que pensavam estar desocupado, e estava com os futuros sogros (!)... ? Hilariante.
No dia seguinte de manha partida (algumas horas de moto por curvas e contracurvas, numa paisagem estonteante) ate ao funeral ... exigiu algumas perguntas e voltas e mais voltas... havia dois funerais... mas teria de visitar o mais rico e imponente...
Chegadao ao local da cerimonia... depois de 30 minutos de trekking... acompanhado ja pelos inumeros convidados que vestiam trajes a rigor... Dificil de descrever estes rituais estranhos com imensos convidados... da mesma familia, clan ou aldeia.. com oferendas de comida e sacrificio de bufalos e porcos... os animais devem acompanhar o defunto para o alem... Convidado a partilhar a refeicao com uma familia, num dos inumeros tongkonan acompanhei o ritual tirando o melhor partido fotografico da ocasiao...
Depois ainda tempo para visitar Batutumonga, e apreciar as vistas do planalto ate Rantepao... Na volta surprendidos pelo aguaceiro que inundou as terras mais altas...
A noite fui convidado para jantar com o Arid e Agnes, que quase se ofenderam quando ofereci para pagar a minha conta... Arid tem planos para viver aqui em Toraja e criar familia...
Hoje partida para o mercado semanal... como o John arranjou outros turistas, desfez-se em desculpas, e acabou por me oferecer um driver de jipe... fiquei a ganhar... O mercado enorme... onde os animais, principalmente os bufallo sao exibidos e negociados... os bufalos albinos podem ser vendidos por cerca de 20000 USD!!!
De volta a Rantepao... tempo para descansar... almocar no warung tradicional, dormir uma sesta e fazer o update do blog...
A noite a relaxar no bungalow em forma de tongkonan, a ver os pirilampos que encantam as criancas no jardim e ouvir os fireworks que divertem outras criancas la fora no inicio das festividades natalicias.
Hoje de manha dia 9, enquanto tomava o pequeno almoco, aparece o John, o guia dos dias anteriores. Pergunta apontando para o prato "Are you finish? We have to go?" Eu repliquei I still have time, check out only at 12h00... we have to go where?" "KetsuKetsu"... lol demais... confundiu-me com outro turista... desfez-se do embaraco "Problem..." Nao contive uma risada sonora!
Hoje (09.12) noite partida no autocarro nocturno VIP super AC ate ao aeroporto de Makassar... e dai uma viagem de 1h15 ate Bali... Planeio ficar por Kuta, sempre e ao lado do aeroporto, para umas voltas matinais pela praia e talvez para um spa e as ultimas compras antes da longa jornada de volta...

 

Indonesia 2009 parte VIII: Nusa Lemboghan

A chegada a Nusa Lemboghan, uma ilha de um conjunto de tres ao largo da costa SE de Bali, parecia uma desilusao, resorts de bungalows na colina e uma especie de playground flutuante para os turistas day trippers que partem de Benoa Harbor no S de Bali. Depois de rencontrada a Lulu e instalado no Bungalow em frente ao Mar... a ilha revelou-se uma experiencia interessante. Nesse dia alugamos uma moto para conhecer a ilha, ja que o transito e escasso...
Visitamos todas as estradinhas da ilha... no norte aldeias de pessoas que vivem da ardua tarefa do cultivo de algas num silencio que destoa...
No segundo dia visitamos a pequena ilha adjacente, passa-se por uma pontezeca estreita e comprida... para apreciamos a paisagem... convidados por uma familia que nos ofereceu mangas enquanto esperavamos que um pequeno aguaceiro passase...
De volta em Lemboghan surpendido por um funeral tradicional... envolveu horas... enquanto um grupo de homens depois de descansar a sombra da enorme Banyan tree pega num andor... e num torpor constante de danca tenta avancar com o enorme peso colina acima ate ao velho cemiterio... Foram horas de cerimonial e canticos ate a cremacao... uma forma de luto em festa...
No dia seguinte partida para Kuta... para decidir a sorte no aeroporto... e partida da Lulu...

 

Indonesia parte VII: Bali Ubud

Acompanhados pela Lulu na visita guiada por Ubud... Ficamos num hotel com piscininha com estatuas de deuses balineses e um quarto que mais parecia um templo na Sanya Guest house... Tinhamos sido aconselhados pela Joana Martins.
Nesse dia a Lulu serviu de cicerone, visitamos o mercado, e fizemos dois trekkings (cerca de 14 Km) por entre os arrozais a volta de Ubud.
Bem preparada para o turismo, com hoteis desde o melhor do mundo ate pensoes rasca, optimos restaurantes e uma actividade cultural marcante.
No segundo dia a Nat partiu para o Porto e a Lulu para os ultimos dias em Lemboghan em Bali... eu iniciei a viagem solitaria de dez dias com uma duvida existencial continuar por bali ou ir uma semana ate Sulawesi...
Nessa noite durante um festival no principal templo (Pura Dhesa) rencontrei o casal de catalaes... e partilhamos mais momentos agradaveis de conversa ao jantar num warung que fechou e deixou-nos a conversar noite dentro...
A noite a rua repleta de pessoas nos seus trajes tradicionais num festival com musica balinesa e a danca que conta a historia adaptada do hinduismo...
No dia seguinte partida para NusaLemboghan para partilhar os ultimos dias com a Lulu e adiar a decisao do resto das ferias.

 

Indonesia parte VI: Gili Air

De manha partimos em bemo ate malfadada Sangsal, ponto de partida dos barcos para Gili. Aceitamos o desafio e enfrentamos os transportes locais de Lombok... uma volta desnecessaria ate aos suburbios de Mataram e dai num public bus pelas montanhas ate Sangsal... nada como fazer de desentendido e pagar 20000 IDRs, dua pulo, sepulo cada orang...
Tal como combinado encontramos a Lulu na Gili Air... Estava de entretida no seu snorkling matinal quando a chamaram... Luisssa your friends are here...
Acabamos por partilhar um excelente bungallow de dois pisos no sunrise bungalows... Um jardim extremamente cuidado, cheio de flores e aves...
Acordavamos sempre cedo ao som dos galos omnipresentes na Indonesia.
A Gili Air, faz parte do pequeno arquipelago de 3 gilis ao largo da costa NO de Lombok. Nao existem carros nem motos... Apesar de serem um destino turistico, a visita em low season revelou-se encantadora.
Passamos os dias em longas conversas, caminhadas, sestas e almocos e fotos de sunset e sunrise. Snorkling para nadarmos com as tartarugas e uma pequena visita a Gili Meno.

Regresso de Ferry para Bali... Um barco extremamente moderno e confortavel.

 

Indonesia part V: Rinca, Komodo, Sumbawa, Lombok

Tinha de ser... Acabava por ficar ao mesmo preco dos transportes e ainda iriamos visitar as ilhas de komodo e rinca. Claro que tinhamos que gramar com um grupo de turistas durante tres dias. Revelou-se uma excelente opcao. Acabamos por conhecer mais um casal simpatico que vivem nos alpes franceses, e claro criou-se logo uma conivencia da liga mediterranica.
A viagem de barco correu sem precalcos, visitamos a ilha de Rinca onde observamos os famosos dragoes (Super Dragoes!!) de komodo no seu habitat natural, sempre a distancia ... pois sao capzes de fazer um sprint de alguns metros e tem atacado humanos. Comem animais de medio porte, desferindo ataques e deixando as bacterias (Listeria) da sua saliva actuarem... A ilha, ao contrario do que imaginava era bastante arida... ha cerca de 20 anos atras, durante a visita de Richard Attenborough era extremamente remota...
Foi trambem uma oportunidade para excelente snorkling ao largo de komodo e visitar uma queda de agua na ilha de Moyo. As noites eram partilhadas no deck com a visita de um ratito que incomodou alguns.
Chegada a Labuah Lombok e dormida no outro lado da ilha em Sengiggi. Durante a viagem de shuttle bemo durante a noite na movimentada estrada que atravessa lombok um estrondoso acidente de moto com faisca a iluminarem a estrada... era o terceiro acidente de moto que presenciamos na Indonesia...

05 December 2009 

Indonesia part IV: Flores Labaunbajo e Kanawa

Ja sinto esses dias distantes, as memorias esvaziam-se no percorrer de experiemcias e a vontade e o jeito de descrever vao se esfumando. De Bajawa partimos ate Labuanbajo a vila portuaria da costa oeste das Flores. O ponto de partida para visitar as ilhas de Komodo e Rinca com os seus famosos dragoes. As ameacas da viagem de 8 horas por uma estrada cheia de curvas levou nos a conter no pequeno almoco. Tomamos o pequeno almoco, em bahasa Kaman (comer) paggi (manha) com o autocarro diario de Bajawa ate L.bajo a nossa espera. Lembro me de uma tosta de panricco com uma cor estranhamente verde fluorescente. Como tivemos direito a escolher os lugares acabou por ser uma viagem confortavel. Por aqui as estacoes de autocarros sao longe dos destinos e e tradicao parar antes e cobrar os bilhetes. Foi ai que descobri que o preco dos bilhetes era 80000 rupias de estacao de autocarro a estacao de autocarro, e mais 10000 rupias para pick up do hotel e levar ate casa (literalmente ate a porta casa, levou o autocarro por caminhos de terra batida) uma tradicao que tem um nome aqui mas que ja me esqueci. Claro que as holandesas nao o entenderam e comecaram a reclamar... we payed 90000 the lady said ninety... eu vi um passageiro pagar os cem mil, e claro que a dona do hotel nunca teria viajado ate "tao longe" como LBajo... o motorista ficou irritado e com razao... levou o autocarro ate a bus station... ate que elas acabaram de ceder. A chegado a Labuanbajo sob o por do sol no mar das Flores, uma perspectiva com imensas ilhas que parece estar na margem de um imenso lago. Ficamos num hotel mais upmarket para a nossa tradicao... um bungalow e um casa de banho com direito a um verdadeiro duche, ja chegava do banho tradicional indonesio com a mandi... Depois jantar num dos numerosos warungs perto do porto e um recolher cedo para descansar.
No dia seguinte resolvemos cancelar os bilhees de aviao de Bima, em Sumbawe ate Mataram em Lombok... encontramos o office da companhia aerea, numa garagem, literalmente.
Depois compramos os bilhetes para o "cruzeiro" da Perama que nos levaria ate Sengiggi em Lombok.
Como tinhamos duas noites ate ao inicio da viagem de barco, resolvemos ir para uma ilha deserta paradisiaca ao largo de Lanbuabajo. Uma hora de barco deixou nos na surpreendente Kanawa, uma ilha minuscula, com cerca de 9 habitantes e tres bungalows ocupados. Tinha um cais muito cenico ate a ponta do recife de coral. Ai passamos os dias em total relax, com caminhadas longas, snorkling, conversas e muita foto. Na ponta do jetty vive um enorme cardume de peixes que serve de base alimentar aos habitantes da ilha. A noite peixe fresco grelhado, pescado com arpao.

02 December 2009 

Indonesia 2009 part III: Flores Bajawa

Dia 19.11 partida para Bajawa, uma viagem de cerca de 8-10 horas por uma estradinha com milhares de curvinhas... Aconselhados pelos experientes espanhois saimos do hotel e dirigimo nos para a entrada da aldeia onde encontramos os espanhois sentados na berma a espera do suposto bus (bis em bahasa indonesio). Um autocarro, bem mais pequeno que um autocarro mas maior que uma Toyota Hiace, carrinhas aqui muito utilizadas e chamadas de bemos)...

Inacreditalvelmente acabou por parar uma shuttle bemo (tipo privada) e conseguimos negociar, com a habitual demonstracao de falta de interesse para o preco que nos ja tinham informado ser o mais justo... na viagem aprendi os numeros em bahasa, uma lingua muito facil e intuitiva.

Na bemo vinham umas holandesas novitas que apesar de viajar ha 8 meses, revelaram se umas inexperientes e pessoas mesquinhas e desinteressantes...

Chegada a Bajawa... uma cidade extremamente simpatica, a base para partir a descoberta das aldeias tradicionais da regiao do povo Ngada.

Acabamos por ficar num hotel simpatico, Ariesta Hotel. A chegada tentamos negociar os quartos... eramos 5 com as holandesas atras... mas eram apenas pre adolescentes que se encontravam sozinhas sem poder negocial... depois de chegada da mae, uma senhora extremamte simpatica... la conseguimos descer o preco dos quartos. (Parecia estranho, queria fazer o negocio por cabeca... ficava a mesmo preco partilhar um quarto ou um quarto so para um...)

Depois de uma volta pela esta simpatica vila para jantarmos e arranjar informacoes e planos para o dia seguinte. Na volta ao hotel ainda deu para partilhar akar (aguardente de palma) com os indonesios la alojados que insistem em misturar coca cola... ficaram admirados com o apelido Pereira... muito comum no leste das Flores em Larantuka, tal como Da Costa, e Da Silva... naquela regiao ja pertinho de Timor Lorosae.

No dia seguinte partida de bemo para uma aldeia perto e um trekking de cerca de 3 horas ate a um vulcao pequeno com a historia da mais recente erupcao na Indonesia... primeiras oportinidades para tirar fotos a gentes tribais que percorriam o mesmo caminho.

A tarde ainda deu tempo para alugar um carro entre os cinco, um jipe com pneus muito carecas e visitar as aldeias de Bena... (esta ja muito conhecida, parecia quase um zoo) e de Bela, onde fomos presenteados com o grupo de musicas tradicionais locais... Queriam me casar com uma local e a Nat para nao ficar atras ficava com o chefe da banda... Foram bons momentos de partilha de humor com gentes e povos que de tao distantes nos mostram uma proximidade muito humana.

A noite, depois de nos libertamos da holandesas, enquanto me dirigia para tirar fotos nocturnas encontramos novamente o casal catalao com o qual partilhamos um Mie (nooddles) Goreng (stir fried) fantasticos e depois um cha onde, ja mais familiarizados trocamos mails...

No dia seguinte esperavanos uma looonga viagem de autocarro pela interminavel estradinha que percorre a illha das Flores de Este a Oeste.

 

Indonesia 2009 Part II: Flores - Moni Kelimutu

Ubud Bali (Internet Cafe 10000 IDR/Hour)

O voo da Merpati correu melhor do que o esperado. Um aviaozinho minusculo a helice que partiu do aeroporto de Bali sem muitas queixas, nem quis olhar para os remendos que pareciam sair dos motores. No voo conhecemos Nicholas um ingles de apenas 18 anos, filho de diplomatas a viver em Jakarta. Um jovem com os pensamentos no sitio, simpatico, poliglota (frances como um nativo, castelhano e russo) que desistiu de um intern job numa empresa ligada ao Rotcshild em Jakarta para aproveitar 15 dias em Nusa Tengara. Acabou por nos fazer companhia durante cerca de 10 dias (de Ende nas Flores ate Mataram em Lombok).
A ilha das Flores e uma ilha enorme que faz parte do arquipelago de Nusa Tenggara que inclui as ilhas de Timor, Sumba, Sumbawa, Lombok e a ilha de Komodo e Rinca e, claro esta, mais uns milhares de ilhas e ilhotas.
Chegada a Ende, a cidade principal da ilha das Flores, o aeroporto minusculo parecia que levantava a bagagem numa garagem... e partida para Moni. Uma aldeia do povo Lio, no sope de Kelimutu.

So depois fiquei a saber que a Merpati detem o record de crashs aereos na Indonesia.

Primeiro contacto com os touts a procura das rupias dos turistas.
Primeiro numa ojak (motociclo com motorista) ate a Bis Station. Para me dizerem "That Bus only goes tumorrou"... and I reply "oh! you telling me those passengers are sleepping in the bus?" Depois do negociozito toca a entrar no autocarro para nos apercebemos que voltou a cidade de Ende a procura de mais passageiros e volta novamente ao ponto de partida na Bis Station (?!). Os tipos sentam se ao lado da estrada a jogar uma partidinha de cartas! Hilariante! De repente passa um camiao com um porco gigante e musica bem alta do mais pimba indonesio para melhorar a caricatura da situacao.
Bem nada como mostrar alguma impaciencia disfarcada para nos pormos a caminho de Moni.

Chegada a Moni apos duas horas, ja ao fim da tarde, uma aldeia ao longo da estrada que serpenteava para se estender numa recta sem fim (provalvelmente o lugar mais distante que alguma vez estive)... Ficamos num Homestay Maria... a entrada parecia muito manhosa, por entre um rego ondeas mulheres se lavavam e algum lixo solto a mistura, mais atras um edifico terreo com tres quartos...
Habituados a terem viajantes a conta gotas tentam logo o negocio da subida de transporte ao kelimutu.

No Maria Inn encontramos um casal do mais caricatural imaginavel. Ele Manfrred, austrriaco, magrrro: ela Marrcia, bahiana... daquelas brasileiras africanas. Bem brasileira mesmo ne?! Nem falava ingles... sempre com a roupa currtissima que punha os florinese completamente de cabeca a roda... Um casal demasiado indescritivel, genuino e muito simpatico que nos fez a delicia do resto das ferias em recordacoes do mais hilariante possivel...

Combinado subida ao kelimutu para o dia seguinte de carro e descida a pe. A estrada chega ate a entrada do parque, e depois pode se descer cortando caminho pelo meio das aldeias tipicas...
Ponto de encontro as 04h15 da madrugada na estrada, noite como breu e algum frio para chegar a tempo do nascer do sol...
Estamos os tres no meio da estrada (eu, a nat e o ingles) e o dia comeca a raiar, nem sinal de motorista... Descobrimos que estava mesmo ali dentro do carro estacionado a dormitar... Depois de arrancar primeiro contacto com o mundo rural asiatico das ilha das Flores que me trouxe recordacoes de outros tempos... Paisagem bonita com as cores contrastantes do nascer do sol tipico das terras equatoriais. Kelimutu sao tres lagos vulcanicos supostamente com tres cores diferentes (pessoalmente nao me surprendeu muito, nem sei mesmo como e um highlight recomendado no lonely planet)...

Depois de algumas fotos, e de conversar com os locais que tentam vender do seu Kopi (cafe) aos poucos viajantes que partilham o raiar do dia... toca a voltar para baixo... Uma caminhada de cerca de 7 Km em algumas partes ate durita... Contacto com os sorrisos faceis de quem leva uma vida simples nas aldeias... sem duvida o melhor de viajar pela asia e esse sorriso facil! Interessante como o clima e a flora varia com alguns metros de altitude...

Na volta encontramos um casal de espanhois catalaes que viaja apenas pelo SE asiatico durante dois anos (iam no 14. mes) com orcamento baixo. Ficamos logo a falar durante algum tempo sobre as experiencias de viagem (como ela perdeu ja 20 kilos, a experiencia de 5 dias num Pelni com 2000 pessoas e supostamente so para 800, os dias passados na remota Papua ou na perdida Sumba, ... e como nos pareceram estranhos no dia anterior a hora de jantar numa das poucas tascas a luz das velas (nao havia electricidade)... voltariamos a cruzarmo nos mais tarde ao longo do nosso percurso nas Flores.

Resto dia fomos todos a uma cascata refrescar com o casau Manfrred e Maarrrcia...
A noite um jantar que demorou mais de duas horas a preparar... conversa memoravel entre risadas proporcionadas pelo casal maravilha!!!