30 May 2006 

ParEcon

"Participatory Economics (Parecon for short) is a type of economy proposed as an alternative to contemporary capitalism. The underlying values are equity, solidarity, diversity, and participatory self management. The main institutions are workers and consumers councils utilizing self managed decision making, balanced job complexes, remuneration according to effort and sacrifice, and participatory planning."

For more information see the ParEcon @ Znet

29 May 2006 

A enciclopédia livre

Lembro-me bem quando pequeno, de olhos esbugalhados, olhava os planetas, os mapas políticos coloridos, as selvas e montanhas do nosso mundo, as civilizações antigas, as personagens políticas e artísticas, os animais pré-históricos, em ilustrações de livros "... à descoberta de..." ou algo do género. Ainda mal sabia ler ou escrever, no entanto a minha curiosidade era vigorosamente estimulada por estes portais preciosos que guardava religiosamente, apaixonadondo-me por temas como a Astronomia, Geografia, Biologia, Tecnologia, Sociologia, Política, Religião e crenças, História...etc...

...Agora imaginem um mundo em que cada pessoa tem o acesso livre à soma de todo o conhecimento humano...


28 May 2006 

Heartbeats by José Gonzalez


one night to be confused
one night to speed up truth
we had a promise made
four hands and then away

both under influence
we had devine scent
to know what to say
mind is a razorblade

to call for hands of above
to lean on
wouldn't be good enough
for me, no

one night of magic rush
the start a simple touch
one night to push and scream
and then releaf

ten days of perfect tunes
the colors red and blue
we had a promise made
we were in love

to call for hands of above
to lean on
wouldn't be good enough
for me, no

to call for hands of above
to lean on
wouldn't be good enough

and you, you knew the hands of the devil
and you, kept us awake with wolf teeths
sharing different heartbeats
in one night

to call for hands of above
to lean on
wouldn't be good enough
for me, no

to call for hands of above
to lean on
wouldn't be good enough
for me, no

26 May 2006 

Concerto Mu

Para quem gosta de Folk and Cool esta noite, no espaço Maus Hábitos no Porto, um concerto dos Mu...

 

Out of Time (Blur)

Where's the love song to set us free
too many people down, everything turning the wrong way round

and I don't know what love will be
but if we stop dreaming now, lord knows we'll never clear the clouds

and you've been so busy lately
that you haven't found the time
to open up your mind

and watch the world spinning gently out of time

Feel the sunshine on your face
It's in a computer now
gone to the future, way out in space

and you've been so busy lately
that you haven't found the time
to open up your mind
and watch the world spinning gently out of time

and you've been so busy lately
that you haven't found the time
to open up your mind
and watch the world spinning gently out of time

Tell me I'm not dreaming
but are we out of time
(we're) out of time

24 May 2006 

Ante tus Ojos by Frederico Aubele

 

"Quizás, Quizás, Quizás" Osvaldo Farrés, Cuba, 1947

Siempre que te pregunto
Que, cuándo, cómo y dónde
Tú siempre me respondes
Quizás, quizás, quizás

Y así pasan los días
Y yo, desesperando
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás

Estás perdiendo el tiempo
Pensando, pensando
Por lo que más tú quieras
¿Hasta cuándo? ¿Hasta cuándo?

Y así pasan los días
Y yo, desesperando
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás

Estás perdiendo el tiempo
Pensando, pensando
Por lo que más tú quieras
¿Hasta cuándo? ¿Hasta cuándo?

Y así pasan los días
Y yo, desesperando
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás

23 May 2006 

Cinzas e neve (from the exhibition "ashes and snow" @ the Nomadic Museum, Santa Monica Pier, California)

22 May 2006 

In this world



In this world de Michael Winterbottom (2002)

Um filme absolutamente comovente que retrata a viagem épica de milhões de refugiados do planeta.

Nós continuamos as nossas vidas despreocupados com o trabalho, os bens materiais, o nosso status social ou carreirístico aos olhos de uma sociedade vazia e anestesiada.
Esquecemo-nos todos os dias, nas limitações das nossas olheiras, que milhões de seres humanos experienciam as mais dramáticas vivências à procura de um el dourado ou shangri-la enganador.
Tenho o mais alto respeito e admiração pelos Jamal e os Enayatullah deste mundo que nos demonstram quanto precária, vazia, sofrida e, igualmente, reconfortante, inspiradora e marcante pode ser vida de todos nós.

21 May 2006 

...Rescaldo Musical...

Depois do excelente concerto da dupla Amadou et Mariam na Sexta-Feira assisti ao muito aguardado concerto do genial compositor Yann Tiersen.

O concerto da dupla de cegos do Mali incendiou mais uma vez um palco Português ao som de músicas como "Dimanche à Bamako" (... c´est le jour de marriage) e apelos para sortie tous ensemble, pour la Paix dans le monde, la solidariétè... e salpicado por momentos inesquecíveis, quando Mariam afagava a carapinha de Amadou, ele com um sorrriso estampado a carregar o peso da sua guitarra, e ela cantava... mon amour, my baby... e deixava advinhar uma expressão de pura conivência.

Yann Tiersen tinha uma plateia de ávidos admiradores que tinham esgotado o concerto há quase um ano. O bretão apresentou-se com um look frágil, louco e despenteado. O seu desalinho camuflava a genialidade de um magnífico compositor-músico capaz de com um virtuosismo admirável tocar guitarras elétricas, acordeão, violino, xilofone, piano e umas caixas de música espalhadas ao seu redor...
No fim do concerto, com uma humildade irreprensível, veio ao foyer deixar-se fotografar e distribuir autógrafos... disse-me mais tarde que tinham de apanhar um autocarro para Lens, 20 horas... ao que eu respondi "Cést une experience..." Julgo que já não se reconhecem a trabalhar de outro modo.

19 May 2006 

...Mais música...

A Música sempre foi minha companheira. Parece-me inconcebível viver sem esta expressão alucinante da nossa existência. Apesar de me considerar eclético em termos de gostos musicais existem músicas que eu não tolero, que não são bem processadas pelo meu cérebro, habitualmente etiquetadas como techno ou hard metal... de resto venha de tudo que só me apetece bailar.
Depois de uma experiência por terras de África e por um processo de transfusão de amigos tenho vindo a conhecer a música das Áfricas, desde o Congo até à África Ocidental (Mali, Senegal, Gana...) pela mão de editoras como a Putumayo ou Rough Guide Music. Depois do concerto dos Tinariwen chega-nos hoje a oportunidade de assistir ao concerto de Amadou et Mariam.

17 May 2006 

...o Tempo é implacável...

O Tempo é implacável...
É uma força inexorável, unidireccional e imparável.
Há um ano digeria com alguma inquietação a passagem de mais um ano na minha vida, questionava a razão da existência do Cosmos, procurava objectivos e respostas evidentes e racionais para sustentar a Existência e o Tempo como sua variável. Tentava solucionar uma forma de linguagem universal sob signos, fórmulas e equações para concluir um qualquer postulado religioso que resumisse a nossa Existência e a Mudança. A Morte e o Nascimento.

Hoje, a relembrar data do meu nascimento (muito honestamente pouco me recordo do momento) oiço uma música, sinto as gotas de chuva na minha cara, olho o mar cinzento à minha frente, escrevo um post na web, sinto o odor de tabaco húmido, vejo o sorriso na face das pessoas, sinto a resina das árvores, incomodam-me as buzinas dos carros, vejo os doentes a acordar de uma cirurgia, lembro-me do que me esqueci ontem, deito-me numa relva do parque, vejo um jogo de futebol, dou uma volta de bicicleta, pago uns cimbalinos a colegas desconhecidos depois do almoço, entro no jogo de sedução de uma desconhecida, danço ao sabor do reggae, folheio artigos ou livros de estudo, leio o Público no intervalo, como um gelado, mato uma mosca, leio sms de amigos, troco de roupa, compro um livro, tiro uma fotografia, leio um poema, jogo no loto, dou um arroto, conto uma advinha, chuto na bola, rio-me baixinho dos outros, dou conselhos, escapo à tortura, actualizo o tempo, mordo um dedo, coloco um pin, digitalizo um documento, durmo uma sesta, atiro um papagaio, vejo as formigas, olho as nuvens, dou uma corrida, faço um acordo, desfaço uma conversa, dou um passo, apanho um fruto, dou uma boleia, oiço as histórias aborrecidas de férias recentes, observo a corrente no rio, recebo um abraço, dou um beijo, oiço a gargalhada de uma criança e o riso de uma amiga, rascunho um mapa, dobro uma carta, grito, falo, caminho, vejo, sinto, penso, respiro... VIVO.

15 May 2006 

Neva na Prelada...

É verdade já há mais de 10 dias que neva sem parar no Hospital da Prelada no Porto. Fenómeno primaveril que este ano tomou proporções dramáticas. Dizem que a culpa é dos plátanos da cerca com a VCI... Todo dia a olhar pela janela do bloco a apreciar o espectáculo dos flocos brancos esvoantes que constantemente desafiam o vento. Batem leve, levemente...

14 May 2006 

TÉNÉRÉ DAFÉD NICHAN

I´m in a desert with a wood fire
I´m keeping the night company
With its shooting stars
Life
Theses traces that cries memories
I remember and I settle down
Deep in nostalgia
My head resting in a pillow of woes
Tonight I sleep in the ruins
I follow the traces of my past
It sometimes befalls me to live like this
My heart oppresed and tight
And I feel the thirst of my soul
Then I hear some music
Sounds, the wind
Some music that takes me far, far away
To clear light of morning
Where before my heart
The brilliance of stars goes out

in "Amassakoul" Tinariwen

 

Tinariwen


Existe algo que me vem apoquentando em relação à mundivivência das tribos da Terra.

Os Tinariwen são um grupo de expressão musical nascido no seio dos Touaregues do Mali (Sul do Sahara) que surgiu nos campos de refugiados de treino da Líbia de Khadhafi nos anos 80. A música de rica tradição da África Ocidental está impregnada de gritos de revolta e insatisfação de uma juventude reprimida com uma causa esquecida. Os políticos ocidentais de esquerda erguiam a bandeira da causa palestiniana, Khadafi aproveitando a onda mediática recrutava mujaheedins para lutar por uma causa que muitas vezes desconheciam. Os elementos dos Tinariwen conheceram-se por entre o processo de deserção dos campos de treino da Líbia. Estavam interessados na sua causa e na luta contra o governo do Mali que os obrigava a pagar impostos injustos e impunha um modo de vida afastado do conforto nómada das dunas do grande Sahara e das rotas do sal e da seda. Ainda se juntaram nas montanhas e enfrentaram o exército governamental com armas fornecidas por alguma potência ocidental e equipamento rudimentar e as infames técnicas de guerrilha. Afastados da família e das mulheres...
Abrigados por acordo que ainda alguns discordam voltaram às suas terras e a um nomadismo fictício.
Sofrem agora por sentirem incompreendidos pela sociedade actual do seu próprio povo que facilmente troca a sua música e cultura por sucessos melódicos e fugazes ocidentais.

No entanto guardam, à semelhança de outros povos que encontrei, uma inocência perplexa. Uma inocência sincera, genuína e sofrida que jamais vou compreender.

 

Status of the Brain...


Status of the art, of the heart and of the Brain...