19 November 2006 

Diario de Bordo

(Textos diarios de bordo escritos a partir de teclados internacionais, por defeito nao incluem acentos ou ce cedilhado. Estes textos nao padecem de qualquer edicao, sao escritos em cyber cafes indianos a pressa onde nem tudo funciona,, espero mais tarde redita los no blog ja corrigidos, por agora servem como meras notas de memoria)

A quem acompanha o diario de bordo, asseguro que ele tera novos capitulos, mas a entrada em ritmo de ferias indianas torna o tempo mais escasso e diminui a vontade de passar muitas horas na net. Mas o diario de bordo esta a ser registado em papel e passara para este espaco.

Neste momento em Madurai, agora juntou-se uma companheira de viagem la do Porto. Com essa partilha a perspectiva de viagem muda completamente, parecendo por momentos estar a experienciar a India de fora para dentro atraves de um vidro, principalmente quando a conversa entra em rodeios a volta das casualidades do trabalho que ficou la em casa.

No entanto os dias tem se tornado prenchidos, hoje pelo arredores de Madurai entre bairros, fabricas de tecelagem, mercado de bananas e flores.

16 November 2006 

Diario de Bordo

(Textos diarios de bordo escritos a partir de teclados internacionais, por defeito nao incluem acentos ou ce cedilhado. Estes textos nao padecem de qualquer edicao, sao escritos em cyber cafes indianos a pressa onde nem tudo funciona,, espero mais tarde redita los no blog ja corrigidos, por agora servem como meras notas de memoria)

Madras, Segunda 13 de Novembro de 2006

Ao subir as escadas do broadlands dou uma cena cena caricata, uma turista aconselhava da porta do quarto um outro foreigner hippesco de 60 anos a tomar uns oleos. Acabei por a conhecer chama-se Dagmar e uma austriaca de 26 anos que me deu imediatamente a impressao de se encontrar perdida na vida, ao levanter um discurso de fadas, cores, poderes, dizia se curandeira e resolveu vir a India porque um cliente da sua loja de yoga-ginastica-positive mind disse lhe que ela tinha de vir a India. “The real truth is inside you” la atirava ela. Para ajudar ao character, tinha uma tatuagem a imitar as sobrancelhas. Como ela ia para pondicherry no dia seguinte acabei por convida la a partilhar a viagem.

Pondicherry, Terca/Quarta 14/15 de Novembro de 2006

E uma terra agradvel a sua beach promenade lembra Espinho dos postais dos anos 50 que aqui vendem como a cote d’ azur Indiana. Esta ex colonia francesa ainda mantem um character colonial e acima de tudo e dominada pelo Sri Aurobindo, que criou aqui um ashram no inicio do seculo. As budget guest houses sao todas controladas por esse ashram. Acabo na Park Guest House, com as suas regras de coleginho de freiras e a figura do Aurobindo e da The mother ameacando com o olhar no quarto, ele querendo sorrir atraves da ptose palpebral esquerda. Apesar de parecer um colegio para esquizofrenicos era extremamente limpa moderna e confortavel (precisava desse break). E era ve los no jardim de meditacao todos vestidos da mesma cor (variava diariamente ora grena ora amarelo…), ora em canticos, ora ao telemovel no jardim durante a noite. Eu aproveitei a onda e andava sempre com olhar esgaseado e muito lentamente com movimentos deliberadamente estudados acabei por ganhar o respeito dos restantes. Encontrei a Dagmar por acaso em pondicherry e no dia seguinte decide ir com ela ate auroville (e melhor fazer um google nisso). Decidi alugar umas scooters, e toca a avancar 30 km pelos bazares indianos ate a mitica auroville no meio da floresta. Devo reconhecer que a Matrimandir no meio de nada com a sua forma de bola de golfe gigante ou de nave especial acabou por me impressionar, a austriaca entusiasmada dizia que la dentro estava maior crystal da terra. De volta a pondicherry que ameaca chuva. E foi por entre a inevitavel chuva das moncoes que enfrento euforicamentede scooter o caos das estradas indianas.

Madras, Quinta 16 de Novembro de 2006

De volta a metrolpole sempre apos uma viagem atribulada por entre os campesinos indianos a ver filmes tamiles em altos berros.
Resolvo ir a Marina Beach as 19:00 enfrentar os locais nos bazares domingueiros do mais foleiro kitch que se pode imaginar (p.ex. imaginem um robot vermelho humanoide de tamnho natural com uns picos ligado a uma televisao e com uns auscultadores tipo de tiro amarelos tambem com picos onde casais de namorados ouviam a sua sina).

13 November 2006 

Diario de Bordo

(Textos diarios de bordo escritos a partir de teclados internacionais, por defeito nao incluem acentos ou ce cedilhado. Estes textos nao padecem de qualquer edicao, sao escritos em cyber cafes indianos a pressa onde nem tudo funciona,, espero mais tarde redita los no blog ja corrigidos, por agora servem como meras notas de memoria)

Madras, Segunda 13 de Novembro de 2006

Ok devo reconhecer a ultima semana foi mesmo cansativa, a mania de deixar os trabalhos para a ultima mais o fim de semana em Barcelona assim obrigou. Adicona-se o jetlag e uma viagem de 12 h de aviao (so paris madras sao 9 horas) hoje acordei as 12:00 pm. Soube bem dormir e descansar. Tirando uma ida a noite a casa de banho a cerca de 30 m do quarto, atravessando o balcao colonial e ouvir morcegos no seu voo desenfreado… Ontem o jantar solo consistiu de chicken byriani (deve ser o k mais como aqui na India) e uma kingfisher 650 mL pelo preco de RS110 !!! (1 euro Rs57), a cerveja e mesmo cara em tamil (taxes) no rooftop top confort… Hoje o dia foi mais pratico: trocar dinheiro (realmente nao vale trocar dinheiro no aeroporto a (diferenca e de mais de 4Rs por euro)… por isso a quem vier troquem so o minimo necessario no aeroporto depois e mais em conta trocar dinheiro nas cidades. E ir a estacao Chennai Central com o seu maranhal enorme de gente, o costumeiro. Aproveitei o suresh (apesar de chamar Ferrari ao seu auto rickshaw nunca ouviu falar de Michael shumackaer) para ir a estacao e comprei o meu bilhete de Mumbai para delhi para o dia 3/12 (para nao arriscar).
Depois dum chai com o suresh, ele volta a insistirt… “my friend… if you can help me…” mas desta vez entendeu k o unico modo de o ajudar e utilizar os seus servicos pelo um preco justo. Mas la aceitei uma ida a duas shops (onde ele ganha uma comissao choruda) fazer o papel de pseudo comprador, pedir os cartoes respectivos no fim e promete que claro quando voltar a Chennai compro aquele ganesh de bronze por 800 USD que enviarao para Portugal via FedEx (nao duvido que o gostaria de ter na paradise).
A volta dois acontecimentos caricatos… primeiro suresh vai a uma bomba de gasolineaa onde somos atendidos por uma Indiana de uniformed a indian oil (Suresh: She’s beautiful… I want a kiss) ao que ela envergonhada responde em tamil a dizer k ele era crazy) Ameacei o suresh de contra a mulher dele e ele ficou assustado (lol)… depois por alguma razao desconhecida o famoso Ferrari 569 avariou, para desonra do suresh que se ve obrigado a pagar a um outro ricksaw… claro eu disse-lhe k sabia o k estava a acontecer.. era um God a castiga lo por se ter metido com a gasolineira…)
Uma imagem do dia: enquanto esperava que o suresh percebia o problema do seu rickshaw uma menina de vestido branco sujo, carregada de lagrimas a correr desorientada na rua gritava pela sua mae…
Amanha palneio ir a pondicherry… a ver se e desta…

12 November 2006 

diario de bordo

(Textos diarios de bordo escritos a partir de teclados internacionais, por defeito nao incluem acentos ou ce cedilhado. Estes textos nao padecem de qualquer edicao, sao escritos em cyber cafes indianos a pressa onde nem tudo funciona,, espero mais tarde redita los no blog ja corrigidos, por agora servem como meras notas de memoria)

Madras, domingo 12 de Novembro de 2006

A viagem correu sem precalcos de maior, nao fosse a correria desenfreada no charles de gaule quando ao apanhar o autocarro para o terminal D noto que o aviao para chennai ja estava em boarding. Air france transfer afirmam que:
“20 minutes vous avez du temp...”
“ mais il faut passer security control?”
“ Oi mais pas de problem...”
Quando chego a um dos terminais F (onde partem voos intercontinentais) estariam umas 100 pessoas numa serpente rodopianrte a encher after shaves e desodorizantes em sacos plasticos, depois mostrarem o passaporte e serem apalpados por empresas de securitas... e um quadro ameacador: Chennai is Boarding!
Apos 15 minutos nao resisto e com maior descaramento passo por entre os passageiros para america latina, medio oriente e africa num tom educado... “my flight is boarding...”
Sou imediatamente seguido por um europeu e um casal americano... Com destreza passo rapidamente security control e com as botas na mao corro para o boarding... Depois, no aviao verifico que esperamos mais de 30 minutos por cerca de 60 passageiros em transfer. Ainda bem, penso assim pode ser q a minha mala chegue a tempo.
Ao meu lado um tamil hindu a viver em miami. tinha conseguido a pouco tempo o passporte azul do USA, tinha uma filha e uma mulher e queixava se que devia ter investido no real state da florida em 1999, hoje poderia viver um sonho em Coimbatore a sua cidade natal. Disse me q o motivo da viagem era um emrgencia, q eu nao atrevi a perguntar qual.
Confirmou os meus anseios de q os tamils sao mais softs q os indianos do norte.
Um trio de italianas quarentonas viajavam nas filas do meio, iam passar 18 dias entre tamil e Gujarat. Atras um velhote frances mais chato inqualificavel sempre a massajar o banco.
Ja no aeroporto de Chennai uma american velhota perguntou se iria para pondicherry, tinha um taxi a espera dela, ia trabalhar os cinco meses anuais num ashram, disse lembrar se vagamente de uma viagem a lisboa em 1957, e como a cidade era limpa e organizada e os cafes com um charme incomparavel.
Um espanhol ao ver o meu publico pergunta se sou compatriota, era madrileno e a bagagem desta vez veio!
Aeroporto de chennai e sem duvida muito calmo comparado com mumbai ou delhi... apos vaguear comprar umas aguas e biscuits, sou muito pouico incomodado por touts... ate k apos uma olhadela no guia opto por telefonar para o broadlands em chennai e negociar uma viagem de taxi para a guest house por entre avenidas indianas sem trafico. Nao. chovia.
As 3 am faco o check in numa casa colonial cheia de encanto, e apos uns minutos durmo um descanso merecido apos uma semana trabalhosa.
Dormi cerca de 10 horas, acordo com o som do chamamento da mesquita em frente a varanda, e volto a adormecer)
Decido ficar este dia em chennai a relaxar e ambientar me. Realmente esxiste um fenomeno de transferenci sempre que visito este pais... parece ser a continuacao da viagem do ano passado quando abandonei mumbai sob o fogo de artificio do diwali, para voar para chennai.
Chennai e uma cidade indiana. A 4a cidade do pais (8 milhoes de pessoas) apresenta sinais diferentes: tem carros dos bombeiros (como os conhecemos), semaforos nos principais cruzamentos a funcionar, mulheres policias com telemoveis, mais caes e gatos k noutreas metropoles indianas (sao mais vegetarianos por aqui?) mas nao deixa de ser india em todos os sentidos.
Somos invadidos por um sentimento de culpa ao vermos farrapos humanos a vaguear, a dormir, a viver nas ruas a reciclar com caras muito serias por entre os contentores do lixo.
Os tamils, como os indianos do sul sao gente aparentemente simpatica, mais educada q os indios do norte.
Suresh: tornei-me o seu primeiro amigo brasileiro, um rickshaw driver, que simpaticamente iniciou conversa... claro que terminou dizendo k hoje era ultimo dia para pagar o rickshaw e q deixou a mulher em casa em lagrimas nao sabia se amanha tinha trabalho. disse lhe k me era impossivel ajuda lo q depois tinha de ajudar toda a gente e blabla.. Sorry to tell you my story just promise me you think... Olha contrato os teus servicos se precisar de um… oooops ele acaba de entrar na cabin do cyber cafe e dizer k chove la fora e k arranjou mais um dia para pagar e despede-se beijando me a mao???!!!) anyway...
Volto ao broadlands amanha talvez de bus ate pondicherry!