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13 April 2007 

6. Crónicas

Head Pins

Oxalá não tivesse conhecido a minha insensatez (gosto da palavra "oxalá" e da sua forma de encerrar um desejo...).
Sempre fui perseguido por um desejo libertador de não possuir nada e permanecer num limbo desprovido de compromissos, apenas acompanhado por uma pequena mala de pensamentos ao lado num cais de ninguém.
Atrai-me o horizonte longínquo da linha recortada por montanhas com cumes brancos, ou de um mar calmo imortalizado numa imagem fixa contínua e hipnotizadora, a captura de um momento contínuo intemporal, o pisar de um plano transparente e olhar o caminho de encruzilhadas tridimensionais, o trilhar incansável das picadas batidas de tribos numa selva caótica, o poder de determinar o destino de forma aleatória entregue aos impulsos paroxísticos emocionais das cores mais puras impraticáveis na Natureza que vagueiam nas notas musicais que acompanham o dissertar de crooners alucinados e embriagados na sua tristeza masoquista a escavar o conhecimento de forma a afundarem-se na realização da sua ignorância espiritual...
Sinto-me velho de juventude ao reviver surpreendido por pouco me recordar dos momentos, dos locais e das gentes que conheci. Obviamente não me sinto eu, não me sinto lá... O mapeamento dos neurónios e a colocação de frames apoiados em head pins no nosso crânio que fixam as coordenadas do nosso cérebro e apontam a direcção da nossa virtual (ir)racionalidade, é uma forma de evidência fácil improvável e (falsamente?) tranquilizadora de alinhavarmos as nossas emoções e nos libertarmos de uma demência que já espreita, latente, à nossa espera.

quase me apaixonei por ti!!!

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